Crítica | Super Mario Bros. O Filme


Em 1993, a Nintendo fez sua primeira tentativa de trazer seu personagem mais icônico para o cinema com Super Mario Bros. Embora o filme não seja nem de longe tão terrível quanto sua reputação nos leva a acreditar, o fracasso desse filme fez com que a Nintendo fosse muito mais cautelosa com esses personagens por décadas. Se Super Mario Bros. foi uma visão estranha do Reino do Cogumelo, Super Mario Bros. O Filme é exatamente o oposto: uma aventura colorida e repleta de referências, que celebra a história dessa franquia. Sem sombra de dúvidas é uma das melhores animações dos últimos anos. 

Super Mario Bros. O Filme nos apresenta Mario (dublado por Chris Pratt e Raphael Rossatto) e Luigi (Charlie Day e Manolo Rey), dois irmãos do Brooklyn que estão tentando iniciar seu próprio negócio de encanamento. Apesar da família e de outras pessoas não acreditarem nos irmãos, eles estão otimistas com o empreendimento, sabendo que se tiverem um ao outro, tudo ficará bem. Depois que um incidente no encanamento ameaça deixar o Brooklyn coberto de água, os irmãos vão aos esgotos para tentar consertar o vazamento e fazer seu nome. Mas, em vez disso, Mario e Luigi acabam separados no Reino do Cogumelo.

Imagem: Reprodução / Universal Pictures

Onde Bowser (Jack Black e Marcio Dondi) ganhou uma Superestrela, o que o torna invencível, e com esse novo poder, ele planeja dominar o Reino do Cogumelo com o plano de pedir a princesa Peach (Anya Taylor-Joy e Carina Eiras) em casamento, para que os dois possam governar os reinos juntos. Com a ajuda de um ousado Toad (Keegan-Michael Key e Eduardo Drummond), Mario conhece Peach, que está se preparando para lutar contra Bowser, enquanto Mario tenta encontrar seu irmão, que foi capturado por Bowser. Desde o início, Super Mario Bros. O Filme está repleto de amor por esta franquia com a qual muitos de nós crescemos. 

Super Mario Bros. O Filme é feito por cineastas que se destacaram nesse tipo de animação, então Aaron Horvath e Michael Jelenic tem total controle dela e podem apostar tudo e entregar, uma das melhores animações dos últimos anos. Também é impressionante como o filme é capaz de incluir outros jogos na narrativa, desde tornar Wrecking Crew de 1984 parte da história de Mario e Luigi, referenciando quase todos os jogos do Mario desde a criação do personagem, e até trazendo toda a equipe de Donkey Kong, incluindo a escolha brilhante de ter Seth Rogen e Pedro Azevedo como dublador de Donkey Kong sem se sentir pressionado. 

Imagem: Reprodução / Universal Pictures

É difícil imaginar um filme que tenta colocar tantas referências, e Super Mario Bros. O Filme faz, sem torná-lo cafona, ao mesmo tempo em que faz justiça à narrativa. O roteirista Matthew Fogel é solicitado a fazer malabarismos com uma quantidade insana de elementos e, ainda assim, ele é capaz de fazer de maneira satisfatória. Também dando vida a este mundo está um elenco de voz forte que se encaixa perfeitamente para esses personagens. Mas o verdadeiro destaque do filme é a dublagem de Bowser. Sua propensão para o grandioso faz dele o personagem mais profundo do filme, ele pode ser intimidador, mas pode cantar canções de amor dedicadas a Peach.

É ótimo ver Illumination e a Universal Pictures acertar com Super Mario Bros. O Filme, celebrando o legado de Mario e mostra o quanto há para explorar nesses mundos. O filme pode ser um pouco leve no enredo e no desenvolvimento de seus personagens, mas compensa isso com mundos brilhantes e divertidos, que rivaliza com os filmes anteriores do estúdio. O filme não é perfeito, mas como uma criança que cresceu jogando Super Mario Bros., é como um sonho ver esses personagens na tela grande. O filme captura o espírito dos jogos, a história e as incríveis possibilidades que esses jogos apresentam há décadas, tudo em um dos filmes de animação mais divertidos dos últimos anos.
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