Entenda a razão de Rhaenyra não pedir ajuda ao dar luz de House of the Dragon


No final da primeira temporada de House of the Dragon, The Black Queen, Rhaenyra (Emma D'Arcy) finalmente é informada de que o Rei Viserys I Targaryen (Paddy Considine) está morto. O choque da perda de seu pai, combinado com a traição implacável dos Verdes, a coloca em trabalho de parto prematuro. Sem a medicina moderna, um bebê nascido tão cedo tinha muito pouca chance - e nessas condições terríveis o bebê, uma menina chamada Visenya, nasce morta. Devastada com as perdas que sofreu antes mesmo da guerra começar, Rhaenyra está mais determinada do que nunca a vencer a guerra contra seu meio-irmão Aegon II (Tom Glynn-Carney) e governar os Sete Reinos. O prelúdio tem mostrado desde o começo que o parto é como um campo de batalha para algumas mulheres. A rainha Aemma (Sian Brooke) foi cortada contra sua vontade e sangrou até a morte. Lady Laena (Nanna Blondell) lutou em seu trabalho de parto e, sem esperança, ela foi até seu dragão Vhagar e ordenou que ele a queimasse viva. Embora Rhaenyra tenha tido cinco partos, ela agora sofre muito e faz isso sozinha durante o sexto, e isso mostra a verdadeira força da rainha. Ao não aceitar ajuda ela decide seguir outro caminho, diferente de sua mãe. E essa cena mostra que ela está no controle, como se estivesse em uma batalha.

Em Fogo & Sangue, o romance de George R. R. Martin, por três dias, durante esse parto Rhaenyra gritou e amaldiçoou o príncipe Aegon, a rainha Alicent e a criança dentro dela. Ela arranhou a própria barriga, chamando o bebê de monstro e gritando para ele sair, tanto que Meistre Gerardys e a parteira tentaram contê-la. Com o nome de Princesa Visenya, a única filha de Rhaenyra é a primeira vítima da guerra civil conhecida como Dança dos Dragões, e o que coloca Rhaenyra e os pretos em um caminho de vingança contra os verdes. Após sua fuga ousada em The Green Council, a princesa Rhaenys (Eve Best) dá a notícia da morte do rei com sua franqueza habitual. Depois de algumas palavras gentis sobre seu primo, ela dá mais más notícias – Aegon foi coroado como sucessor de Viserys. Esta notícia de traição, é de partir o coração, que Rhaenyra aperta sua barriga. Rhaenyra está chocada e com dor é claro, assim como o medo em seus olhos quando ela busca respostas de Rhaenys sobre se ela se declarou para Aegon II. Embora ela receba garantias sobre as intenções da Casa Velaryons, ao lado dos pretos, os insultos continuam a atingi-la como socos no estômago, com a notícia de que Aegon foi coroado pelo Alto Septão (Simon Chandler), no Dragonpit, em frente ao povo de King's Landing. 

Imagem: Reprodução / HBO

Seu marido, Daemon (Matt Smith), não a ajuda neste momento difícil, pois sua primeira e única emoção desde que soube da notícia da morte de seu irmão foi a raiva. Ele se enfurece com a Rainha Alicent (Olivia Cooke), Rhaenys, a Guarda da Rainha e até a própria Rhaenyra. Se sua velha natureza faminta de poder retornou, ou se esta é a única maneira que ele conhece para expressar sua dor - isso deixa Rhaenyra sozinha mais uma vez. Ao ouvir o aviso de Rhaenys de que os verdes estão vindo atrás dela e de seus filhos, Rhaenyra se dobra em agonia e, com uma lágrima escorrendo pelo rosto, ela encontra sangue e anuncia que o bebê está chegando. Embora seus gritos possam ser ouvidos em todo o castelo, Daemon continua com seus planos, como se não a ouvisse. As parteiras de Rhaenyra assistem impotentes, e o público vê cenas de seu dragão Syrax, que parece sentir sua agonia, reiterando ainda mais a ligação entre os Targaryen e seus dragões. Depois do que deve parecer uma eternidade sua bolsa rompe, ela puxa sua filha natimorta para fora, então gentilmente embala o bebê em lençóis manchados de sangue contra o peito. Se a cama de parto de uma mulher é um campo de batalha, como sua mãe lhe disse uma vez, então Rhaenyra é um maldito general cinco estrelas.

Ela é graciosa, forte e incrivelmente resiliente depois de suportar mais dor física e emocional em sua vida do que qualquer pessoa deveria suportar. Mais tarde, a vemos ajoelhada diante da filha, e com ternura, envolvendo-a em tiras de pano branco na tradição dos Sete, e de pé ao lado de sua pira funerária em chamas na antiga tradição da Casa Targaryen. Em um momento paralelo ao funeral de sua mãe e irmão, onde ela começou o caminho para se tornar herdeira e rainha. Enquanto o fogo ainda queima, Sor Erryk Cargyll (Elliott Tittensor) chega com a coroa de seu pai, jura sua fidelidade e se ajoelha diante dela. Em contraste com o momento emocionante e orgulhoso em que os Lordes prestaram seus juramentos a ela como herdeira de Viserys, essa promessa de governar tornou-se um dever e um fardo aterrorizante. Ela prometeu ao pai que impediria que o reino se destruísse, para proteger o futuro da escuridão que se aproximava, mas isso lhe custaria tudo. A morte de sua única filha Visenya é apenas o começo das perdas que Rhaenyra sofrerá neste episódio e ao longo da guerra conhecida como Dança dos Dragões. Com cada morte e traição que ela sofre, o coração da Rainha vai endurecendo lentamente até que ela seja apenas um fantasma da mulher que ela foi um dia. 
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