Crítica | Rua do Medo: 1978 - Parte 2


A segunda parte da trilogia de terror da Netflix, Rua do Medo: 1978 apresenta uma linda homenagem aos clássicos slasher, adicionando seu próprio toque sombrio e emocionante em um filme extremamente sangrento. 


Baseado na série de livros criada pelo autor Robert Lawrence Stine, Rua Do Medo é sangrento e nostálgico o suficiente para o público adulto, mas também divertido o suficiente para os dolescentes. Leigh Janiak, lidera todos os três filmes, trazendo uma forte vibração de Stranger Things e até vários membros do elenco que aparecem em Rua do Medo incluindo Maya Hawke e Sadie Sink.  


Imagem: Reprodução/Netflix

A primeira parte de "Rua do Medo: 1994" serviu como uma história introdutória, onde conhecemos um pouco sobre a maldição de uma bruxa chamada Sarah Fier, que foi executada em 1666 mas sua maldição se estendeu por séculos em Shadyside. O filme é claramente inspirado em Sexta-feira 13, dando uma história de origem para um assassino mascarado semelhante a Jason.  


O filme começa quase finalizando a história de 1994, e logo conhecemos C. Berman (Gillian Jacobs), a única que sobreviveu a maldição da bruxa em Shadyside. A parte dois de Rua do Medo nos leva de volta ao massacre de 1978 em Camp Nightwing. A trama acompanha a adolescente rebelde Ziggy (Sadie Sink) que está sendo torturada por terríveis adolescentes de Sunnyvalers. Presa, com os pulsos amarrados na árvore onde a lendária Sarah Fier foi supostamente enforcada como uma bruxa. Ziggy está com raiva de como Shadyside é rotulada, essa perseguição no acampamento só alimenta a raiva dela em relação ao mundo e a si mesma, e a performance intensa de Sink é de fato angustiante. 


Imagem: Reprodução/Netflix

Ziggy gosta de receber ajuda de sua irmã mais velha que é conselheira do acampamento para Ziggy, Cindy (Emily Rudd) é basicamente uma traidora porque está tentando tentado deixar Shadyside e ela até procura se parecer uma Sunnyvaler evitando se comportar de forma travessa. Cindy namora Tommy (McCabe Slye) um adolescente agradável e super educado. Ziggy a odeia por saber como ela é de verdade, assim como a ex-amiga de Cindy, Alice (Ryan Simpkins), outra Shadysider que odeia a si mesma. 


Como em Rua do Medo: 1994, a história de fundo desse tem relação com Sarah Fier, a bruxa que logo faz uma nova vítima e a escolha é o doce namorado de Cindy, Tommy, ele se transforma em um assassino carrancudo e implacável com um machado. Tommy está solto em Camp Nightwing junto na noite do da 'guerra das cores' do acampamento anual, um divertido jogo noturno de Shadyside vs Sunnydale. Diferente de 1994 o cenário aqui não é os muitos ataques com o machado, mas sim expor informações sobre como parar a maldição de Sarah. 


Imagem: Reprodução/Netflix

Além da ameaça do louco com o machado indiscriminadamente cortando em pedaços campistas e monitores, uma trama secundária mostra Cindy e a rebelde Alice investigando ainda mais a história de Sarah Fier através do caderno de Mary Lane (Jordana Spiro), cuja filha Ruby também foi afetada pela maldição. Túneis subterrâneos, ossos enterrados e vislumbres de um passado escuro configuram o que podemos ver na parte três, enquanto narrativas duais mantêm as coisas agitadas e cheias de perigo - ninguém está seguro. 


Fora a história da C. Berman a única sobrevivente da maldição, Rua do Medo explora um pouco do passado de Nick Goode (Ted Sutherland), que era um xerife em "1994", mas é visto aqui como um monitor de acampamento prestes a se tornar mais poderoso graças ao nome de sua família, enquanto se aproxima emocionalmente de Ziggy. O personagem de Goode continua a ser uma das peças menos interessantes da saga, e sinto dizer que vamos saber mais sobre as raízes de sua família de Sunnyvale no próximo episódio “Rua Do Medo - Parte 3: 1666


Imagem: Reprodução/Netflix

Em Rua do Medo:1978 é possível ver a qualidade nas cenas dos ataques aos compistas e pode ser um dos elementos mais marcantes da franquia com um design sonoro visceral, onde sempre que uma lâmina de machado atinge o rosto de alguém, ela é incrivelmente rica em detalhes construídos por uma edição habilidosa e cinematografia direta. Os três filmes foram rodados consecutivamente, sendo 1978 o último de todos, e o diretor Leigh Janiak, que claramente tem um amor genuíno pelo terror, encheu o filme com referências essa é outra razão pela qual lançar os três semanais na Netflix é uma jogada inteligente. 


Se você chegou aqui você espera eu dizer qual filme é melhor, isso é de fato um ponto discutível e quase certamente dependerá se você prefere o terror dos anos 90 ou o terror dos anos 70/80. Ambos os filmes, no entanto, mantêm um tom consistente, atuações boas de um elenco jovem, uma trilha sonora absolutamente arrebatadora e ainda tem muitas referências a filmes clássicos e só posso dizer que Rua do Medo está se tornando algo genuinamente único e especial para o streaming.



Postagem Anterior Próxima Postagem