Crítica | Em um Bairro de Nova York


Em um Bairro de Nova York é um filme deslumbrante com canções e coreografias incríveis, trazendo uma mensagem poderosa e uma homenagem para as diversas comunidades latinas em Nova York 


O longa dirigido por John M. Chu a partir de um roteiro de Quiara Alegría Hudes, é uma adaptação cinematográfica do musical In the Heights (2008), ganhador de quatro prêmios Tony, incluindo o Melhor Musical, criado por Lin-Manuel Miranda, produtor deste filme.  


Imagem: Reprodução/Warner Bros.

Usnavi (Anthony Ramos) é um jovem de 30 anos que mora em Washington Heights e administra uma bodega junto com seu primo, Sunny (Gregory Diaz IV). Usnavi veio para os Estados Unidos aos 8 anos, mas, desde que perdeu seus pais, principalmente seu pai, quer retomar à República Dominicana, no intuído de reabrir El Suenito, o bar de praia de seu pai. 


Usnavi está trabalhando com um advogado para fazer a mudança, mas o processo ou a logística de sua mudança é algo que o filme não detalha muito. Usnavi adora o bairro e muitos na vizinhança gostam dele e visitam sua loja diariamente. No entanto, Usnavi quer partir e voltar para a República Dominicana, onde nasceu. 


Imagem: Reprodução/Warner Bros.

Vanessa (Melissa Barrera), o interesse amoroso de Usnavi, anseia deixar Washington Heights para trabalhar com moda. Ela deseja abrir sua própria loja ou boutique, mas não tem crédito bom o suficiente para fazê-lo. Usnavi está apaixonado por ela, mas não tem as habilidades necessárias para convidá-la para sair, e me arisco em dizer que a relação entre eles não é uma das melhores e nem rola uma química. 


Leslie Grace, em sua estreia no longa, estrela como Nina, filha de um homem que dirige uma concessionária de automóveis. Não tenho certeza se é um serviço de táxi ou limusine, mas ela é claramente inteligente. Ela se saiu bem o suficiente para ser aceita e realmente frequentar a Stanford, na Califórnia. 


Imagem: Reprodução/ Warner Bros.


Nina retorna para visitar sua família e sua vizinhança durante o verão. Seu tempo em Stanford não foi ótimo e ela descreve o que poderia ser considerado experiências racistas, mas, principalmente, ela não sentia que tinha uma comunidade para ela em Stanford. Nina tem um romance com Benny (Corey Hawkins) um funcionário da empresa de seu pai. 


Tudo isso é apresentado nos primeiros minutos do filme, junto com a idéia de que brancos estão comprando propriedades em Washington Heights, forçando os empreendedores latinos se mudar como se houvesse uma sensação da comunidade em geral sendo ignorada ou esquecida. Com diálogos em inglês e espanhol, as histórias emocionantes do filme, são dos filhos de imigrantes que se sentem divididos entre seus próprios sonhos e os de sua comunidade. 


Imagem: Reprodução/ Warner Bros.

Em um Bairro de Nova York dá para Olga Merediz, a oportunidade de reviver seu seu famoso papel no musical da Broadway, ela tem uma das sequências mais comoventes e inspiradoras do filme envolvendo melancólicos vagões de metrô antigos explorando seu passado como uma imigrante trabalhadora, "Paciencia y Fe" (paciência e fé) Abuela diz com otimismo enquanto balança seu bilhete de loteria recém-comprado no ar. 


O filme conta com ótima cenas e performances incríveis, mas Miranda peca ao querer dar espaço ou voz, para todos os protagonistas, deixando o filme longo e com muitas coisas sem aprofundamento, como o primo de Usnavi, Sonny ou Daniela (Daphne Rubin-Vega), dona de um salão de beleza que está sofrendo com uma mudança indesejada. O filme quer que o público se preocupe com eles, mas nunca faz o suficiente para isso. 


A adaptação cinematográfica dirigido por Jon M. Chu, “Em um Bairro de Nova York”, já está disponível na HBO Max.


  

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