Crítica | The Handmaid's Tale - 4ª temporada episódio 10


O décimo episódio da quarta temporada de The Handmaid's Tale já está disponível no Paramount+ e trás o grande encontro de June com Fred Waterford. Essa temporada mostrou mais vez que a vida real refletem diretamente o enredo da série, como o jeito que a sociedade trata os homens poderosos acusados ​​de estupro. 


Não é de se admirar que essa temporada foi sobre os desafios que June vem enfrentando após a fuga de Gilead. Se você esperava um arco de cura para June você deve ter se decepcionando. A quarta temporada foi toda baseada em traumas e vingança. Tudo começou com Esther Keyes esfaqueando seu agressor até a morte, e terminou com a bebê Nichole manchada com o sangue do estuprador agora morto de sua mãe.  


Imagem: Reprodução/Paramount+

Neate episódio June foi forçada para escolher entre a aceitação e a justiça, para decidir entre as recomendações de Luke e Rita. Fred ia ser absolvido e para eles era melhor June superar e seguir a vida, mesmo que isso tenha jogado uma bomba sobre sua família, ela escolheu a justiça e vingança. 


A vergonha lancinante, e certamente o ponto, é que June foi forçada a fazer essa escolha. Mesmo fora de Gilead, o sistema falhou em entregar o que devia a uma mulher abusada por um homem poderoso. A frase suprema do escritor e showrunner Bruce Miller foi a de June: “Eles sabem o que ele era, o que ele fazia e como se sentia, eles fizeram um acordo com ele de qualquer maneira. Então, talvez o que ele está dando a eles seja mais valioso do que o que ele tirou de mim.

 

Imagem: Reprodução/Paramount+

Esse final de temporada foi uma crítica direta para os homens poderosos que são mais valorizados do que as vidas das mulheres que eles machucaram de alguma forma seja com estupros, agressões e assédio. Aos olhos do Tribunal Penal Internacional, June Osborne não tinha muita importância igual a Fred Waterford. Foram necessárias 22 mulheres para medir forças contra Fred.  


Traída pela lei, June voltou-se para seu próprio tipo de justiça sádica, que mais uma vez canalizou de Gilead. Dois episódios atrás , June recriou um círculo da vergonha do Red Center para punir a tia de Emily, Irene. No final desta temporada ela organizou um assassinato em grupo como forma de exorcizar sua raiva. A diretora Liz Garbus pareceu tornar a conexão explícita com aquela tomada aérea das mulheres se reunindo ao redor do corpo de Fred. Em seguida, o breve vislumbre de seu cadáver encapuzado pendurado na parede junto com uma mensagem. 


Imagem: Reprodução/Paramount+

O assassinato de Fred se desenrolou como uma versão extremamente sombria. Tuello fez sua parte em mandar Fred para Gilead, então o comandante Lawrence apareceu na ponte, cheia de um sentimento irônico de "Louvado seja". Em seguida, Nick diz que os Olhos que vão seguir com Fred. Nick mais uma vez mostrou se importar com June ao entregar Fred para ela, June soprou o apito e a cavalaria chegou para julgar Fred pela lei de Gilead. 


A decisão de June matar Fred veio muito antes daquela noite, sua decisão pareceu se estabelecer fora do tribunal, quando ela percebeu que o sistema legal a havia deixado de lado. A partir daquele momento, a personagem de Moss teve uma espécie designação para o que tinha que acontecer. 


Imagem: Reprodução/Paramount+


Entre o dedo decepado na correspondência e o grafite na cena do crime, não houve tentativa de manter o assassinato de Fred em segredo, mesmo que tenha ocorrido em terra de ninguém. O destino de June é incerto ao fazer isso ela pode ter alguns problemas em sua liberdade e em sua relação com Luke, mas isso só poderemos saber na quinta temporada.




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