Crítica | Mundo em Caos

Texto por Rafael Bittencourt


Tom Holland e Daisy Ridley formam uma dupla no filme Mundo em Caos, adaptação da série de livros, de mesmo nome, do autor Patrick Ness. Uma história sobre um futuro distópico, com uma premissa interessante, mas que se perde em sua jornada.


As estrelas da Disney, Tom Holland (homem-aranha) e Daisy Ridley (Rey nos filmes recentes de Star Wars) se unem para estrelarem Mundo em Caos. O filme de ficção cientifica, traz um mundo onde não exitem mulheres, somente uma sociedade masculina, quase primitiva, que vivem em uma sociedade arcaica e antiquada.


Imagem: Reprodução/divulgação

A história em Mundo em Caos se passa em outro planeta, semelhante à Terra, pois nosso planeta entrou em apocalipse. Os habitantes da Terra, então se mudam para esse Novo Mundo, onde, os homens, em específico, adquirem a habilidade de transmitir informações através de pensamentos, como uma leitura mental. Os pensamentos ganham o nome de “Ruido” e cada homem tem o seu. Essa mudança faz com que os homens percam sua privacidade diante suas ideias e pensamentos, e toda consciência existente dentro do indivíduo é noticiada para outras pessoas.


Nesse Novo Mundo, nasce Todd, um menino criado com o “ruido” em sua mente. Como eu disse, nesse novo planete não existe mulher, então Todd nunca viu uma pessoa do sexo oposto, até o dia em que cai uma espaçonave vinda da antiga Terra, onde na sua tripulação tem a jovem Viola (Daisy Ridley), a única sobrevivente da queda da nave. Todd se apaixonada pela Viola na primeira olhada e jura protege-la nesse mundo selvagem. 


Imagem: Reprodução/divulgação

No começo do filme, senti estar na frente de uma grande obra de ficção. A ideia dos “ruídos” e leitura da mente, me chamou atenção, e logo fiquei curioso para saber como o diretor iria trabalhar essa ideia. Mas quando a personagem da Daisy Ridley é introduzida, se juntando com Tom Holland, a trama se torna um clichê já conhecido: uma viagem do ponto A para o ponto B. Como Viola é a única mulher naquela região, corre perigo, assim Todd irar leva-lá para uma região segura. Esse é o desenvolvimento dos personagens, através de uma relação construída durante essa viagem, de um modo bem simples é superficial.


Vemos Tom Holland em um papel de conforto para o ator: um jovem, aventureiro, com dilemas em sua vida, características já vista em outros personagens de Holland. Assim como Tom, Daisy Ridley faz um trabalho bom, mas sem um grande destaque. 


Imagem: Reprodução/divulgação

Com roteiro bem simples, os momentos cômicos estão a cargo do “ruídos”, que denuncia os pensamentos de Todd sobre Viola, promovendo situações de constrangimento. A trama segue o básico, uma aventura, com objetivo claro e um romance que não tem muito a dizer. 


No aspecto técnico, a filmagem tem uma fotografia bastante competente, que contempla a natureza, com planos de longa, onde a floresta densa mostra como esse Novo Mundo é tão parecido e diferente ao mesmo da Terra. Já os efeitos especias estão razoáveis, sendo usados pontualmente, seja para retratar animais ficticiosos, seres extra-terrestre ou naves espacias. Em Mundo em Caos, o objetivo é mostrar como esse novo planeta, apesar de ser habitável, tem suas divergências com à Terra, assim, a relação das pessoas como o Novo Mundo se mostra alterado.


Imagem: Reprodução/divulgação

Mundo em Caos é mais um filme de ação/ficção que segue um padrão estabelecido, o que não faz dele um filme ruim, apenas mais um. Se você assistir despretensiosamente, poderá se divertir e comprar o mundo estabelecido na obra. Um bom filme para passar o tempo em uma tarde qualquer.



Postagem Anterior Próxima Postagem