Crítica | Sombras e Ossos



A nova série de fantasia da Netflix Sombra e Ossos (Shadow and Bone) que estreia no dia 23 de abril, entrega ótimas atuações e um figurino impecável mas tem uma produção um tanto questionável.

É justo dizer que séries sobrenaturais com mocinhos apaixonados e um universo sobrenatural costuma atrair o público de forma orgânica. Shadowhunters (2016), por exemplo, ainda que pouco aclamada pelos fãs de carteirinha dos livros, conseguiu destaque na maior plataforma de Streaming do mundo - a Netflix. 


Mas e quando mocinhas passam a desempenhar o papel de grandes salvadoras e ganham destaque? Isso sim conquista o público e o leva a querer saber ainda mais sobre o conteúdo, é uma pena que com tudo isso em mãos, Sombras e Ossos (2021) não tenha sido muito atrativa para quem assistiu. O enredo complexo ganhou vida nos livros de Leigh Bardugo, junto a isso, conquistou milhares de fãs e elogios de grandes escritores - Rick Riordan, por exemplo.



Imagem: Reprodução/Netflix

A série narra a vida de Alina Starkov (Jessie Mei Li), uma órfã de guerra que, sem saber, poderá salvar todo o seu mundo com seus poderes de Conjuradora do Sol. Alina vive sua vida sendo uma cartógrafa, mas acaba ganhando sua grande reviravolta quando decide seguir seu amado e melhor amigo, Maly (Archie Renaux), quando o mesmo é recrutado para passar pela Dobra das Sombras. Após descobrirem seus poderes, a jovem é levada para o treinamento como um dos Grishas, elite mágica liderada pelo misterioso Darkling (Ben Barnes).


Imagem: Reprodução/Netflix

Os Grisha a elite mágica de Ravka são divididos em três categorias sendo conhecidos como:


• Corporalki - Sangradores são capazes de fazer com que seus inimigos fiquem impossibilitados de lutar, tirando o ar de seus pulmões e alterando o ritmo de seu coração, sem nem ao menos encostar neles. Curandeiros são especializados em curar ferimentos – quer sejam eles causados por um Sangrador ou não.


• Materialki - Os Alquimistas criam venenos e explosivos.  Durastes se especializam no famoso aço Grisha e são os responsáveis pela criação das armaduras utilizadas pelos soldados de elite.


• Etherealki - Aeros são capazes de manipular a pressão do ar para criar tempestades. Infernais convocam gases combustíveis para manipular o fogo. Por sua vez. Hidros se aproveitam das condições de temperatura e pressão para comandar a água.

Imagem: Reprodução/Netflix

A série chega à Netiflix com a proposta de exibir a história de Leigh Bardugo, o único problema é que o Streaming esqueceu de avisar que se você não souber da existência do livro, sua experiência como espectador será um fracasso. Começamos com um início complexo em que poucas coisas são entendidas, mas o principal é passado: a Dobra das Sombras é o vilão da história. Claro, se você quiser saber mais do que isso, sugiro que vá em busca de spoilers da trilogia de livros, porque o que temos a seguir é ainda mais complexo. Você pode ler a nossa resenha do livro Sombra e Ossos é só clicar AQUI.


Imagem: Reprodução/Netflix

Sombras e Ossos de longe não é uma programação gostosa e descontraída para assistir no final de semana, afinal quem gosta de passar o final de semana não entendendo nada do que está vendo? Entretanto, se você quiser assistir boas atuações e um universo novo, talvez seja uma boa escolha. Assim como tantas outras adaptações feitas pelo Streaming, essa irá entrar para lista de séries de mal sucedidas, mas que por serem promissoras, podem ganhar novas temporadas. Torcemos para que isso aconteça? Não sabemos, mas há quem diga que segundas temporadas podem salvar universos poucos explorados. Será que Alina Starkov terá essa sorte?



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