Resenha | E se fosse a gente?


De férias em Nova York, Arthur está determinado a viver uma aventura digna de um musical da Broadway antes de voltar para casa. Já Ben acabou de terminar seu primeiro relacionamento, e tudo o que mais quer é se livrar da caixa com todas as lembranças do ex-namorado.


Quando eles se conhecem em uma agência dos correios, parece que o universo está mandando um recado claro. Bem, talvez não tão claro assim, já que os dois acabam tomando rumos diferentes sem ao menos saberem o nome ou telefone um do outro.


O romance entre Arthur e Ben é super fofo, Arthur é judeu e tem TDAH, enquanto Ben é porto-riquenho, eles têm uma história de amor única que eu acho que vale a pena conhecer. Mesmo em alguns momentos ficar irritado com os dois, mas é super necessário para que me permitem ver seus pontos de vista e compreender totalmente suas reações. Arthur e Ben são personagens complexos e em camadas. Eles são fáceis de amar, mas cheio de falhas; exatamente como eu acho que personagens realistas deveriam ser. 


Mesmo que seja um romance entre jovens, essa história é totalmente diferente do que estamos acostumados com os livros de Becky, porque a vida real é tão bagunçada, que fica nítido a realidade, Ben tem um ex-namorado que ele pode ou não ter rompido, e ele se arrepende de bagunçar o grupo de amizade por causa da separação. 


 


Arthur não consegue deixar de sentir ciúmes da experiência de Arthur e traz expectativas irreais para o relacionamento. As grandes expectativas de um romance em Nova York que você recebe de Hollywood e da Broadway são brutalmente destruídas aqui, e eu realmente gostei. O romance da vida real é uma bagunça e isso é mostrado aqui, mas ao mesmo tempo manteve fofura o suficiente para que eu não me sentisse triste lendo isso.


Ben e Arthur têm um grupo de amigos que está passando por uma turbulência. O grupo de Ben foi dilacerado, e Arthur se sente distante de seus amigos desde que se mudou para Nova York, e ele tem certeza de que um deles não o aceita se declarar gay. Eu realmente gostei de como as complicações da amizade foram feitas aqui. Amigos são tão complicados quanto relacionamentos e eu achei muito realista retratar os grupos dessa maneira. 


A única coisa que me incomodou, foi quantidade de referências, eu mesmo adoro quando estou lendo e tem um personagem que é fan de Harry Potter, mas não pode deixar tão em destaque, nesse caso foi Hamilton e acaba ocupando tanto espaço na história que as pessoas pode se esquecem do principal. 


Eu realmente gostei da escrita deste romance, Becky e Adam formaram uma ótima dupla, criando um livro tão coeso em que seus estilos de escrita se combinavam tão bem, criando diferentes personalidades para Arthur e Ben, apresentando uma história cheia de romance, sendo comovente, bem-humorado, estranho e inspirador. 

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