Série "A Cidade do Sol" aborda a participação do Exército Brasileiro no processo de pacificação do Haiti


A atuação do Exército Brasileiro no conturbado processo político do Haiti não vem de hoje. Desde 1956 tropas brasileiras trabalham em parceria com a ONU em missões de paz para a estabilização de áreas de conflito e extrema pobreza. Inspirado por essa realidade, o cineasta Guto Aeraphe debruçou-se sobre o tema e desenvolveu o projeto de "Cidade do Sol".

Premiado internacionalmente nos principais festivais de webséries por "Heróis" (2012), Guto Aeraphe assina o roteiro e a direção nessa nova empreitada. "A proposta desse novo trabalho é retratar a realidade daqueles que vivem e participam da realidade do povo haitiano, sujeitos a situações extremas o tempo todo. Para isso, nos apoiamos em quatro personagens principais que, com motivações e características completamente distintas, se cruzam em meio ao caos instalado no Haiti", comenta o diretor.

Na trama, uma jornalista norte-americana, Rachel Clark, descobre uma ação terrorista que teria como objetivo um golpe de Estado contra o atual presidente do Haiti. Diante disso, a Minustah (Missão das Nações Unidas para estabilização do Haiti), liderada pelo sargento brasileiro Max, é obrigada a intervir para garantir a segurança de todos e a ordem do país. Com atores de diferentes nacionalidades, dentre brasileiros, americanos e cidadãos haitianos não atores, a série será falada em português, inglês, francês e creole (língua local).

"Cidade do Sol" traz como diferencial, sobretudo, sua temática. Com apelo internacional, o tema é praticamente inédito na cinematografia brasileira. Filmada com o apoio do Exército Brasileiro, a série contou com estrutura original, cedida pela instituição, para reproduzir fielmente a situação vivida no Haiti. Armas e bombas prometem enriquecer ainda mais a qualidade técnica da série, ponto de destaque nas séries anteriores do diretor.
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