Maratona de “Todxs Nós” marca lançamento do “Guia de linguagem inclusiva” da HBO



A HBO acaba de lançar um guia baseado na linguagem inclusiva utilizada na série TODXS NÓS, para promover a reflexão sobre a comunicação como forma ativa de dar visibilidade a pessoas transgênero ou não-binárias. Elaborado com o apoio da consultoria especializada em diversidade [DIVERSITY BBOX], o GUIA TODXS NÓS DE LINGUAGEM INCLUSIVA foi criado pela HBO Latin America utilizando aprendizados reunidos durante a produção de sua série brasileira TODXS NÓS.

Para marcar o lançamento, o canal HBO Signature promoverá uma maratona na próxima quinta-feira, 21, a partir das 18h, com os oito episódios da primeira temporada, que também estão disponíveis na HBO GO.

No Guia, jornalistas terão acesso a sugestões para utilização da linguagem inclusiva, uma questão essencial para Rafa (Clara Gallo), personagem não-binárie que protagoniza a série ao lado de Vini (Kelner Macêdo) e Maia (Julianna Gerais), assim como para todo o elenco e equipe de produção da série, bem como grupos da sociedade que lutam pelo reconhecimento de suas identidades pelo uso da linguagem. 

Com informações que vão desde o uso de pronomes neutros até construções gramaticais com alternativas à utilização de pronomes masculinos e femininos, o Guia surgiu com o objetivo promover a discussão sobre a comunicação: “Comunicar-se de forma inclusiva significa ter a consciência de que a sociedade e o ambiente de trabalho são compostos por pessoas com diferentes características e identidades”, explica Pri Bertucci, CEO do [SSEX BBOX] e [DIVERSITY BBOX].

“Se os gêneros gramaticais não dependem da nossa vontade, os gêneros naturais podem – e devem – ser compreendidos para além do masculino e feminino. Existem muitos grupos que não se sentem representados por essa dicotomia e reivindicam, com motivos de sobra, visibilidade”, afirma o linguista Eduardo Calbucci em trecho do Guia, e sugere: “O que podemos fazer, do ponto de vista linguístico, por essas pessoas? Em primeiro lugar, ouvi-las, respeitá-las e compreender seus pontos de vista. Em segundo, lembrar que certas escolhas linguísticas são essencialmente políticas: quando falamos ou escrevemos, mostramos o que somos e o mundo que queremos.”
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